Apesar da polêmica, empresas de tecnologia enxergam a decisão como favorável ao desenvolvimento infantil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, no dia 13 de janeiro de 2025, a Lei nº 4.932/2024, que proíbe o uso de celulares nas escolas durante o período letivo. O texto, aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro do ano passado, determina que aparelhos eletrônicos ficam proibidos nas escolas públicas e privadas com o objetivo de proteger a saúde mental, física e psíquica das crianças e adolescentes. No entanto, a lei prevê algumas exceções, como o uso de dispositivos para atividades pedagógicas sob a orientação dos professores e em casos de acessibilidade ou necessidade de saúde dos estudantes.
A decisão levanta questões sobre como as escolas devem se preparar para uma inclusão digital que não dependa do uso dos dispositivos pessoais dos alunos. Tecnologias educacionais, como lousas interativas, tablets institucionais e plataformas digitais, são alternativas que podem ser utilizadas para garantir o acesso ao ensino digital sem comprometer a atenção dos estudantes.
De acordo com Lia Lotito, Diretora de Tecnologia da Nutrebem e mãe de 2 filhos, empresa que oferece contas digitais para as cantinas escolares com detalhamento nutricional, a restrição ao uso de celulares impacta diretamente a interação social, contribuindo para um ambiente mais dinâmico e participativo. “A legislação também estabelece que os aparelhos não podem ser utilizados durante a aula, o recreio ou intervalos entre as aulas, o que deve favorecer uma maior socialização entre os alunos”, explica.
Ainda assim, os estudantes poderão utilizar celulares em situações de emergência, como estado de perigo, necessidade ou força maior. A comunicação com os responsáveis, por sua vez, deverá seguir protocolos estabelecidos por cada escola.
Como ficam os meios de pagamento
“Como empresa que atua há mais de uma década no ambiente escolar, acompanhamos de perto essa transformação digital e apoiamos a decisão”, pontua a especialista. Para ela, a tecnologia deve ser aliada da educação, não uma distração. “Acreditamos que é preciso oferecer soluções que promovam a inclusão digital de forma equilibrada e responsável”, completa.
A Nutrebem chegou a desenvolver uma solução de pagamentos baseada no celular dos alunos e, mesmo assim, enxerga a nova lei como algo positivo para todos. Nesse aspecto, a mudança também afeta a forma como os pagamentos dos lanchessão realizados dentro das escolas. Algumas cantinas vinham adotando o Pix através do celular do aluno, por conta de menores taxas comparadas aos cartões de crédito e débito, mas já existem soluções tecnológicas que permitem uma gestão mais eficiente dos gastos dos alunos, dando maior transparência e segurança aos pais dos alunos e também às instituições de ensino.
Sobre a Nutrebem
A Nutrebem é uma conta digital com acompanhamento nutricional para cantinas escolares. Com um sistema que permite aos pais adicionarem saldo e monitorarem a alimentação de seus filhos, a empresa busca incentivar hábitos saudáveis desde a infância. Operando em mais de 400 escolas particulares, a Nutrebem se posiciona como uma solução inovadora para garantir transparência e equilíbrio nutricional no ambiente escolar.
Sobre Lia Lotito
Lia Lotito é sócia diretora e CTO da Nutrebem e lidera a inovação tecnológica da startup, que promove saúde, ética e transparência na alimentação escolar. Com mais de 13 anos de experiência na AB InBev, Lia encontrou no empreendedorismo uma forma de unir sua experiência em tecnologia ao propósito de melhorar a alimentação das crianças nas escolas. Seu foco está em desenvolver soluções digitais que criam um ambiente mais seguro e saudável para os estudantes.
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