Por Dra. Beatriz Guedes, Advogada Especialista em Direito Médico, Sócia da Clinica Libria.
A trágica morte da influenciadora @linefrreira, de 33 anos, casada e mãe de dois filhos, levanta mais uma vez a alarmante questão do uso indevido de produtos na estética. Aline Ferreira faleceu na noite de ontem após uma infecção no glúteo decorrente de um procedimento estético. Segundo informações recebidas, Aline estava em coma e sofreu duas paradas cardíacas, uma na sexta-feira e outra no domingo, vindo a óbito na noite de ontem.
A Tragédia de Aline Ferreira
Aline, uma influenciadora digital conhecida por compartilhar sua rotina e experiências de beleza com seus seguidores, decidiu realizar um procedimento estético para melhorar a aparência dos glúteos. No entanto, o que deveria ser uma simples intervenção transformou-se em um pesadelo fatal. Após o procedimento, Aline começou a sentir dores intensas e apresentar sinais de infecção. Mesmo com atendimento médico, a infecção se agravou, levando-a a um estado de coma.
Os médicos que atenderam Aline informaram que ela sofreu duas paradas cardíacas nos dias seguintes, resultantes das complicações da infecção. Apesar dos esforços para estabilizá-la, Aline não resistiu e faleceu na noite de ontem, deixando família, amigos e seguidores em choque.
A Questão do Uso Indevido de Produtos na Estética
A morte de Aline Ferreira não é um caso isolado. Infelizmente, procedimentos estéticos realizados por profissionais não qualificados e com produtos inadequados têm se tornado uma preocupação crescente. A busca pela perfeição estética muitas vezes leva as pessoas a optarem por procedimentos mais baratos, realizados por indivíduos sem a devida formação e com materiais de baixa qualidade.
Dra. Beatriz Guedes, advogada especialista em direito médico, alerta para os perigos desses procedimentos realizados sem a supervisão de profissionais qualificados. “Até quando pessoas vão morrer por uso indevido de produtos na estética? É imprescindível que os pacientes verifiquem a qualificação dos profissionais e a procedência dos materiais utilizados nos procedimentos estéticos. A segurança deve ser sempre a prioridade”, enfatiza.
A Importância da Escolha de Profissionais Qualificados
A escolha de um profissional qualificado é fundamental para garantir a segurança e eficácia dos procedimentos estéticos. Médicos especializados em dermatologia e cirurgia plástica possuem o conhecimento necessário para realizar intervenções estéticas com segurança. Além disso, é essencial que os materiais utilizados sejam aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que os procedimentos sejam realizados em ambientes adequados.
Dra. Beatriz Guedes destaca que a legislação brasileira exige que apenas médicos com especialização e registro profissional realizem procedimentos invasivos. “Profissionais sem formação adequada, incluindo esteticistas e biomédicos sem especialização, não devem realizar procedimentos que envolvam injeções, preenchimentos ou qualquer intervenção que possa causar danos significativos à saúde do paciente”, afirma.
A Responsabilidade dos Pacientes
Os pacientes também têm sua parcela de responsabilidade. É crucial que antes de se submeter a qualquer procedimento estético, pesquisem e verifiquem a qualificação do profissional e a segurança do procedimento. Consultas prévias e a busca por referências são passos essenciais para evitar tragédias como a de Aline Ferreira.
ConclusãoDra. Beatriz Guedes Especialista em direito médico
A morte de Aline Ferreira é um triste lembrete dos riscos associados a procedimentos estéticos realizados de forma inadequada. A busca pela beleza não deve comprometer a saúde e a vida. A conscientização sobre a importância de escolher profissionais qualificados e o uso de produtos seguros é fundamental para evitar que tragédias como esta se repitam.
Dra. Beatriz Guedes finaliza com um apelo: “A segurança deve estar sempre em primeiro lugar. Verifiquem a qualificação dos profissionais e não se deixem levar por promessas de resultados rápidos e baratos. A vida é preciosa demais para ser colocada em risco por negligência ou imprudência.”
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