Resultado é de pesquisa realizada pelo Sintelmark- Sindicato Paulista das Empresas de Contact Center, com uma amostra de 5.217 colaboradores em regime CLT, por meio de levantamento sociodemográfico e censo realizados pela agência de pesquisa FairJob

Realizada em formato autodeclaratório, a pesquisa pretendeu avaliar os níveis de diversidade e inclusão do setor de contact center.

Mulheres são maioria

Quando perguntados sobre gênero, a pesquisa indicou que 70% dos colaboradores são mulheres e destas 62% ocupam cargos de liderança como gerência, coordenação e supervisão.

No entanto, na sociedade brasileira existe um equilíbrio entre homens e mulheres segundo o Censo IBGE 2022: 51,5% da população são mulheres e 48,5% homens.

20,6% são do grupo LGBTQIA+

No quesito orientação sexual, a pesquisa mostra que 20,6% dos colaboradores do setor são do grupo LGBTQIA+, sendo que 17,92% deles exercem cargos de liderança. As pessoas autodeclaradas LGBTQIA+ são bem mais representativas nas empresas de contact center (20,6%) do que aparecem na sociedade (4,9%) segundo o Censo do IBGE de 2022.

Pretos e pardos são maioria

O setor soma 53% dos colaboradores que se autodeclararam pretos e pardos. Destes, 18,3% são pretos, enquanto pelo Censo IBGE 2022, 10,6% são pretos, o que indica que as empresas de contact center concentram mais pessoas pretas do que na própria população brasileira. A pesquisa apurou ainda que 44,78% dos cargos de liderança são ocupados por negros no setor.

Mais da metade é jovem

Predomina ainda no segmento de contact center a geração Z, jovens de 14 a 33 anos que perfazem 60,8% dos colaboradores. Pelo Censo IBGE 2022, 34,5% da população brasileira têm menos de 30 anos.

Escolaridade e ascensão profissional

O setor se mostrou formador de mão-de-obra e com boa escolaridade. Com o crescimento do cargo, aumenta também o nível de escolaridade. O ensino superior incompleto e em andamento permeia todas as camadas dos trabalhadores analisadas e chega a mais de 31,3%.

O ensino superior completo é o segundo nível de instrução, representando 20,8% da população analisada e também presente em quase todas as camadas da pirâmide funcional (exceto estagiários). Nos cargos de diretoria, 40% possuem ensino superior completo; 44,6% dos gerentes, 37% dos coordenadores e 52% dos supervisores também cursaram o ensino superior completo. 

Percepção da Diversidade e inclusão

68,2% dos trabalhadores percebem programas de D & I nas empresas e 72,5% reconhecem que a empresa possui políticas contra práticas abusivas.

Sobre a afirmação: “A empresa que trabalho permite que todos os colaboradores, independente de raça, cor, gênero, etnia, participem de forma igualitária de treinamentos, processos seletivos internos, planos de carreira, entre outros”, 86% afirmam que concordam com esta declaração.

Segundo Luis Crem, presidente do Sintelmark, a pesquisa confirma a posição de liderança do setor de contact center nos quesitos inclusão e diversidade. “Nossa política tem privilegiado a diversidade e a inclusão também na própria convenção coletiva do setor, que prevê, entre outros benefícios, o reconhecimento da relação homoafetiva do parceiro colaborador e a validação da Lei Maria da Penha para proteção da mulher que sofre abuso”, destaca.