Produção com direção de Venusto conta drama de uma mulher transexual após voltar para a sua cidade natal

Filmado na capital do País, o curta-metragem Aquilo que não se vê  tem como foco o drama familiar de uma transexual que precisa voltar para sua terra natal ao descobrir que sua mãe está à beira da morte. A produção inovadora que conta com a atriz transexual Kika Sena como protagonista poderá ser conferida no dia 11 de dezembro, segunda-feira, às 10h, no Museu Vivo da Memória Candanga (Setor JK – Núcleo Bandeirante). A exibição contará com a presença dos realizadores/roteiristas e abrirá um bate-papo ao final com os mesmos. Gratuito. Livre para todos os públicos.

O filme começou a ser rodado no mês de março de 2023 em Brasília. Responsável pela direção, o diretor Venusto traz para as telas do cinema a história da transexual Duda (Kika Sena). Após morar 12 anos no exterior, ela volta para terra natal para  lidar com conflitos familiares, paixões e sentimentos mal resolvidos que havia deixado em seu passado.

O curta-metragem, que a princípio teria o título de Deixe-me cair, conta com as atrizes premiadas Beta Rangel, Alana Ferrigno e Kika Sena no elenco. Kika Sena se consagrou como a primeira atriz Trans a receber o Troféu Redentor de Melhor Atriz no Festival do Rio de Janeiro por seu trabalho no filme Paloma, em que ela interpreta a protagonista.   A produção conta ainda com roteiro de Venusto, Beta Rangel e tambem de Kika Sena.

“Com esse projeto, eu e minha parceira de trabalho, Beta Rangel,  buscamos retratar as diversas camadas que envolvem a transexualidade e a identidade de gênero, além de expor questões próprias daqueles e daquelas que vivem essa realidade em suas próprias peles”, destaca Venusto.

Outras temáticas, como, amadurecimento, o que é ser uma mulher adulta, luto e tomar as rédeas da vida são abordadas ao longo do filme.

 Sobre Kika Sena -

A protagonista Kika Sena veio para a capital para rodar esta produção. Sena nasceu na cidade de Marechal Deodoro (AL). É poeta, atriz, diretora teatral e educadora artística. Mulher trans, Kika vem de uma família de músicos e foi levada para o caminho da arte desde criança. Apaixonada por teatro e pela questão da representatividade, ela conta como foi fazer esse filme com a temática trans.

“ É um trabalho que foca nas subjetividades de uma mulher trans, de uma travesti, e sai do estereótipo porque ela não ocupa o que é esperado dela no filme, pelo contrário, ela é uma pessoa bem resolvida, uma pessoa que não está à margem.”

Ficha Técnica:

Direção: Venusto

Roteiro: Beta Rangel, Kika Sena e Tiago Venusto

Direção de Arte: Marcus Barozzi, Miguel Haru e Tiago Venusto

 Direção de Fotografia: Dani Azul

 Edição: Apt7Filmes