A turnê reúne 35 grupos de cultura popular em apresentações e interações inclusivas entre artistas e estudantes
Com o objetivo de trabalhar o desenvolvimento da consciência multicultural dos estudantes do Distrito Federal e Entorno e promover a fruição da cultura popular, o projeto “Giro Cultural- Tradições Juninas” distribui música, dança, poesia e literatura de cordel para escolas de ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos. Provando que 2022 é o ano do retorno às manifestações populares, o projeto, gratuito é de iniciativa do Grêmio Recreativo Formiga da Roça e conta com o fomento da Secretaria de Turismo e Secretaria Especial da Cultura. A turnê percorre as escolas até o fim de novembro, durante os horários de intervalos dos três turnos, de segunda à sexta-feira.
Como parte de promoção e preservação das tradições populares da população brasileira, a cultura caipira é parte do conjunto de expressões culturais populares que englobam aspectos da identidade nacional. Ao todo, são 35 grupos com lendas, brincadeiras, danças, festas, demais costumes que são transmitidos de geração para geração. Além disso, o espetáculo conta com um cordel autoral para cada apresentação, no sentido de conduzir a encenação e inspirar o público.
De acordo com o Decreto n° 38.385, de 01 de agosto de 2017, que visa o fortalecimento, a valorização, a proteção, a promoção e o fomento dos festejos juninos, de suas expressões artísticas e culturais e de suas cadeias produtivas nas culturas populares do Distrito Federal e Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE, a festa percorre todas as Regiões Administrativas, incluindo escolas da zona rural, promovendo a interação com os estudantes, com dança, brincadeiras e um diálogo importante entre professores, alunos e comunidade sobre o poder da cultura na base curricular acadêmica.
À frente da organização do projeto, o presidente do Grêmio Recreativo Arraiá Formiga da Roça, Patrese Ricardo fala necessidade de ocupação cultural nas escolas e da distribuição de emprego e renda para toda a cadeia produtiva junina do Distrito Federal, uma das maiores do país. “Garantimos assim, a possibilidade de novos adeptos do movimento, e a preservação dessa que é uma das maiores manifestações culturais do nosso país. O giro garante a difusão da cultura local, por meio de arte, cultura, lazer e entretenimento, de forma democrática”, ressalta Patrese.
A apresentação com os cordéis exclusivos fica por conta do produtor cultural, Michaell Douglas, mais conhecido como Maycolla, “Cada cordel recitado antes da apresentação tem o objetivo de atiçar a imaginação dos estudantes naquele momento, criando uma expectativa mágica, de uma nova história. Antes de criar o cordel costumo estudar a trajetória da quadrilha, tema do espetáculo e insiro a comunidade na narrativa, tipicamente nordestina”, explica o artista e apresentador.
Professora da Escola Classe Nossa Senhora de Fátima, em Planaltina, e presidente da quadrilha Xodó do Cerrado, Lucineide Amorim, considera que a diversidade cultural é muito presente no Brasil, e que a escola pode abordar esse elemento de diferentes modos, como apresentações culturais que valorizam as diferenças de cada grupo social, palestras educativas e eventos que envolvam alguma cultura específica. “Participar e receber o Giro Cultural estimula os estudantes a entenderem mais sobre si mesmos, suas emoções, sentimentos e vivências, além de ensinar a ver o outro com mais empatia, contribuindo para uma convivência saudável”, completa a docente.
Serviço: Giro Cultural – Tradições Juninas
Quando: De segunda à sexta-feira até o fim de novembro de 2022
Onde: https://www.instagram.com/
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