A integração da tecnologia na governança de forma a garantir uma entrega rápida, transparente e suave de vários serviços prestados por um estado aos seus cidadãos tornou-se a próxima meta dos governos ao redor do mundo.
A revolução da TI em meados dos anos 90 na Índia deu início a análises mais minuciosas do desempenho do governo, gerando um debate sobre a utilização de tecnologias emergentes para a criação de sistemas mais eficientes no setor público. A Índia embarcou em um caminho ambicioso de digitalização da prestação de serviços e governança.
Com cerca de 700 milhões de conexões de internet, a Índia tem o maior número de usuários de banda larga do mundo. Existem cerca de 696 milhões de indianos usando smartphones com o menor custo de dados do mundo, cerca de 9 centavos de dólar por Gigabyte. Essa infraestrutura digital, criada com um impulso significativo do governo, trouxe revoluções nas áreas de inclusão financeira, educação, saúde e muitos outros setores.
A jornada, entretanto, foi em parte exuberância e em parte desafios. Por exemplo, no território da União de Jammu e Caxemira, a instabilidade política impediu por mais de uma década os esforços para estabelecer um caminho semelhante na digitalização da governança. Nos últimos dois anos, os esforços foram renovados com um novo impulso para a criação de infraestrutura digital, ampliando o uso e simplificando processos.
Em 2019, o governo iniciou um programa para digitalizar escritórios, criar células de reclamações públicas e scorecards para avaliar o trabalho das instituições governamentais locais. Meses de esforços deram frutos em julho de 2021, quando as instituições governamentais locais nas aldeias de Jammu e Caxemira foram integradas ao mundo digital. Como os povos da aldeias agora teriam os vários serviços do governo a um passo de distância, esse desenvolvimento de infraestrutura tornou-se um salto gigante para o desenvolvimento inclusivo.
Outra ruptura digital que impactou positivamente as vidas das pessoas em Jammu e Caxemira foi a digitalização do comércio de maçãs. Jammu e Caxemira contribuem com mais de 55% das exportações de maçã da Índia, no entanto, os preços têm caído continuamente por quase uma década na Caxemira. Depois que um esquema de intervenção no mercado foi iniciado em 2019 para o governo adquirir diretamente a produção e transferir digitalmente os pagamentos aos agricultores, os mercados registraram um aumento nos preços de maçãs.
Antes que a pandemia de COVID-19 tornasse necessário que as crianças fossem educadas virtualmente, Jammu e Caxemira começaram a integrar professores e alunos ao programa de rede de conhecimento, permitindo que as crianças acessassem o conteúdo escolar online. Após a pandemia de COVID-19, o governo renovou seu impulso para a criação de laboratórios de TI e centros de aprendizagem auxiliados por computadores em áreas remotas para ajudar as crianças a continuarem sua educação. A integração digital em áreas remotas também ajudou as instituições locais de Jammu e Caxemira a fornecer serviços básicos de saúde online, o que ajudou tanto o governo quanto os cidadãos na gestão da COVID. Para racionalizar o fluxo e a distribuição das vacinas contra a COVID, foi criado um aplicativo para avaliar os requisitos das vacinas, o gerenciamento da logística emergencial da vacina, o planejamento da rota das vacinas e a realocação do estoque.
Nenhum sistema eficaz pode ser construído sem uma caixa de reclamações eficiente. Recentemente, Jammu e Caxemira lançaram dois aplicativos móveis que permitem que seus residentes registrem e rastreiem suas queixas. Uma plataforma digital recentemente introduzida também permite que os cidadãos acompanhem os gastos públicos e os fundos alocados para todas as obras de infraestrutura e construção.
Jammu e Caxemira, apesar de seus desafios, estão firmemente no caminho da ruptura digital. Para fazer desde atividades rotineiras, como comprar alimentos diários, até as especiais, como obter uma certidão de nascimento ou registrar um novo negócio, os residentes de Jammu e Caxemira só precisam olhar para seus telefones.
Fonte: Embaixada da India
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