Minha mãe tirava os livros de mim quando eu era criança: "vai brincar, Lu". Sempre fui apaixonada por estudar, adorava uma prova (estranho, eu sei).
Qual não foi a decepção do meu pai por eu ter escolhido estudar Comunicação e Economia...
O vestibular da Universidade de Brasília (UnB) acontecia em três etapas, ao longo das séries do Ensino Médio. Na segunda prova, eu já estava na beirinha para ser aprovada em Medicina, o curso mais disputado da universidade.
Meu pai, coitado, deu o último lance. Me chamou no canto e disse que Neurologia – a especialidade dele – não era a única opção. Se eu adorava crianças, por que não Pediatria?
Não houve jeito. E aqui estou eu, décadas depois, analista de fundos de investimento, fundadora e CEO de uma casa de análise, influenciadora digital. Você não poderia chutar mais diferente se me conhecesse na infância. Até freira quis ser, inspirada em uma tia-avó, carmelita de clausura, a pessoa mais serena e sorridente que já conheci.
Mas a natureza cobra a conta, o fruto não cai longe do pé. Talvez por ser filha de médico e artista plástica e ter decidido sair do meu aquário, com frequência me sinto um peixe fora d'água no mercado financeiro.
Longe de mim querer pagar de Sandy – e, se quiser me irritar, diga que sou fofa. Mas o fato é que transito em um mundo de ambições, em que ganhar dinheiro, se possível no curto prazo, é a prioridade óbvia.
Eu gosto de ganhar dinheiro, claro. E já fiz mais dinheiro nessa vida do que poderia sonhar – não posso reclamar disso, não, mas o fato é que abri mão de um múltiplo tão grande disso em nome do meu propósito, de não colocar meus interesses acima do de quem confia nas minhas recomendações de investimento, que você nem pode imaginar.
Foi coisa de milhões e milhões de reais que eu deixei na mesa até aqui (e que volto a deixar todos os dias) em nome da independência para criticar o que acho ruim pra você e recomendar o que acho bom.
Quer um exemplo? Tem R$ 2 bilhões investidos em produtos de previdência que se inspiram em minha carteira recomendada de fundos, a SuperPrev. Eu poderia receber uma comissão por isso, mas fiz questão de não receber.
Por que eu sou burra? Pra muitos, sim. Pra mim, não. Eu preciso te dar a certeza de que estou recomendando algo porque é o melhor pra você, não pra mim. E também de que, se algum dia aquilo for ruim pra você, não perderei nada em simplesmente mandar você resgatar seu dinheiro.
Não dá pra servir a dois senhores: ou eu sirvo aos donos do produto, ou eu sirvo a você.
E escolhi você. Tem algo na vida que você não faria por alguns milhões de reais? Pensa bem.
Eu tenho. Por dinheiro nenhum alguém controla o que eu recomendo pra você. Parece pouco, parece simples, mas você não tem ideia das batalhas que já travei nessa vida, com gente muito grande, em nome desse princípio.
E o pior, mais de uma vez ouvi (também de gente grande): "Independência? O cliente não está nem aí pra isso".
Talvez poucos estejam mesmo. Mas então meu pai, como médico, poderia topar receber uma comissão de um laboratório pra receitar um remédio, já que você nem ficaria sabendo? Minha ética diz que não.
Infelizmente, no mercado financeiro isso é bem normal. O mercado é movido por comissões, das quais pouca gente conhece as engrenagens.
Quem recomenda investimentos pra você na maior parte das vezes é mais bem comissionado quanto pior é o produto – é a lei natural das coisas, o produto bom não precisa de vendedores tão estimulados. Você deve imaginar que quem me cerca não gosta muito que eu saia contando isso por aí...
Nunca sonhei em ser CEO de uma empresa, meu propósito sempre foi espalhar orientação de qualidade sobre investimentos. Se estou nesta posição hoje, é porque tive que fazer minha própria empresa pra poder definir as regras do jogo – pra definir em contrato que nenhum sócio jamais poderá interferir em minha independência pra falar o que é bom e o que é ruim.
Se eu conto tudo isso hoje, é porque quero pedir algo: você me daria duas horas das suas noites na semana que vem?
Você pode não entender o valor de tudo isso que falei até aqui, mas tenho certeza de que vai entender se conhecer meu trabalho e minha equipe mais de perto.
Na semana que vem acontece nosso intensivo gratuito de investimentos. Nele, as 41 pessoas que trabalham hoje comigo na Spiti em nome do mesmo propósito vão se unir pra ajudar você a construir uma carteira de investimentos.
Apelidamos essa semana de HIIT – inspirados no intensivo da academia – porque vamos fazer uma verdadeira intervenção na forma como você pensa e organiza seus investimentos, passando pela renda fixa, Bolsa, fundos imobiliários, investimentos globais e, principalmente, por como combinar tudo isso em busca de alto potencial de retorno, mas sem correr riscos desnecessários.
"Ah, Lu, vai me dizer em que investir? Isso aí o cara que me atende já fez pra mim".
Ele é independente ou recebe comissão pelo que recomenda pra você? Se ele não é independente, então peço que você venha conhecer a diferença. A gente vai dizer exatamente o que fazer – você usa a corretora ou banco que preferir pra executar. E a gente não ganha nada seja lá em que você investir.
Se a independência de quem recomenda investimentos realmente não importa pra você, então vida que segue. Você está aí pra provar a tese de quem me ataca hoje. Tudo bem, eu não vou mudar.
Agora, se gosta de ter certeza de que os seus interesses estão em primeiro lugar quando você investe, então vem comigo.
Inscreva-se aqui para participar do HIIT 4.0 – todo o meu propósito de vida em forma de um intensivo gratuito de investimentos.
Luciana Seabra
P.S.: Ao longo de toda a semana do HIIT, temos ferramentas para acompanhar sua participação nas aulas ao vivo. Ao fim, recompensamos muito bem quem participa da maior parte do intensivo. Por isso, não dá pra perder nada. Inscreva-se aqui porque segunda-feira está logo ali e o intensivo começa às 20h. E, se você já participou de um HIIT, esteja lá e por favor encaminhe este convite para alguém também. Me ajuda a mostrar pro mercado que independência é um valor, sim? Obrigada.
Luciana Seabra (ceo)
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