O número de vítimas vem crescendo e os sintomas que surgem nesse público não são muito evidentes
Atualmente, quando se trata do time feminino os problemas ligados ao coração matam 16,13%, os acidentes vasculares cerebrais, AVC, 12,46% e o câncer de mama 2,46%, enquanto entre eles 16,19% falacem por causa de doenças cardíacas e 10,86% por AVC. Na década de 1960, essa proporção era de um paciente feminino para cada nove masculinos. O aumento de fatores que prejudicam a saúde do coração, como estresse, alimentação inadequada, pressão arterial acima do recomendado, maior circunferência abdominal e o envelhecimento da população estão por trás desse fenômeno.
Outro ponto que merece atenção no caso da mulherada são as alterações hormonais, como as provocadas pelas pílulas anticoncepcionais, que podem favorecer a formação de coágulos, principalmente se estiverem associadas ao fumo. Além disso, estimativas já revelaram que esse público apresenta probabilidade 50% maior de morrer em decorrência de um infarto, o que pode ser explicado pelo fato das artérias delas serem mais estreitas, aumentando o risco de as placas de gordura interromperem a passagem do sangue.
Para piorar esse cenário, aqueles sinais mais conhecidos do infarto, como dor no peito que irradia para o braço e suor frio nem sempre dão as caras. Elas podem apresentar também falta de ar, arritmia e cansaço extremo, o que tende a confundir a pessoa, seus familiares e até mesmo os especialistas.
Isso sem falar que as mulheres costumam ser mais tolerantes à dor, o que aumenta ainda mais as chances de ela demorar muito para procurar ajuda especializada, permitindo que o caso fique mais complicado. Para reverter esse quadro, a Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, SBHCI,
lançou no dia 05 de novembro a campanha “Mulheres também infartam”. “O objetivo é chamar a atenção da população e dos profissionais de saúde para o fato de que esse problema é subdiagnosticado, principalmente nos dias de hoje, já que a COVID também pode provocar sintomas atípicos e atraso no início do tratamento por receio e procurar um hospital”, diz Viviana Guzzo Lemke, cardiologista intervencionista da SBHCI, coordenadora do grupo MINT,
(Mulheres Intervencionistas). “Também temos o objetivo de ressaltar a importância do diagnóstico precoce, pois no caso do infarto, cada minuto conta”, alerta.
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