Durante o julgamento que aconteceu em setembro, o promotor responsável alegou que André Camargo Aranha não tinha como saber que Mari Ferrer estava em situação de vulnerabilidade, ou seja, sem condições de aceitar ou negar o ato sexual e por isso caracterizou o crime como “estupro culposo”. Obviamente, que a lei não prevê um crime desta natureza, então o empresário foi inocentado.
O estupro de Mari Ferrer teria acontecido no dia 15 de dezembro de 2018, em uma festa no Café de la Musique, em Jurerê Internacional. Na época, a jovem tinha tinha 21 anos e trabalhava como promoter da festa.
O Intercept Brasil teve acesso a imagens do julgamento e nelas é possível ver o advogado de André Aranha humilhando Mari Ferrer. Ele mostrou fotos dela em trabalhos como modelo profissional para ataca-la.
Segundo o advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho as imagens seriam “ginecológicas”, como definiu. Além disso, durante a sessão ele afirmou que “jamais teria uma filha” do “nível” de Mari Ferrer. O julgamento aconteceu de forma online e as imagens foram captadas e divulgadas pelo Intercept.
A vítima chorava e ouviu do advogado: “Não adianta vir com esse teu choro dissimulado, falso e essa lábia de crocodilo”. Mari Ferrer ainda afirmou que nem mesmo os acusados eram tratados daquela maneira ao reclamar da conduta do advogado.
“Teu showzinho você vai no seu Instagram dar depois”, disse o advogado de Aranha. “É seu ganha pão a desgraça dos outros, fala a verdade”.
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