Parceria com New Development Bank deve oferecer linhas de financiamento a baixo custo para produtos e projetos que neutralizem gases causadores do efeito estufa no DF
A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e o Banco Regional de Brasília (BRB) vão firmar parceria junto ao New Development Bank (NDB) para buscar recursos internacionais a serem investidos em projetos de desenvolvimento sustentável no Distrito Federal.
As instituições se comprometeram em assinar acordo de cooperação técnica para formular uma carta-consulta que deve ser submetida ao NDB e ao Ministério da Economia ainda este ano.
A decisão foi tomada nesta terça-feira, (27/8), em reunião entre o titular da Sema, Sarney Filho; o diretor-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa; e o diretor-geral NDB, Couto Silva. O NDB é composto pelos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China e África do Sul).
A ideia é que o BRB possa oferecer linhas de financiamento a baixo custo para pessoas físicas e jurídicas, com produtos alinhados à neutralização de gases causadores do efeito estufa no DF. Serão feitos, por exemplo, investimentos em soluções de mobilidade urbana de baixa emissão e fontes de energias alternativas, como a fotovoltaica.
Outras opções de investimentos são em reuso de água, resíduos sólidos e soluções na linha Cidades Inteligentes.
De acordo com Sarney Filho, há o entendimento por parte do governador Ibaneis Rocha de que o GDF deve se esforçar para neutralizar as emissões. “Temos o compromisso de fazer isso, pelo menos no âmbito do Plano Piloto, até 2022”, explica.
No Distrito Federal os maiores poluidores são a frota de veículos, cimenteiras e resíduos sólidos. “Nossa preocupação é que a capital do país serve de exemplo para o Brasil inteiro. Possui representação dos Três Poderes e de embaixadas de dezenas de países. O seu potencial de dar bons resultados e servir de modelo para outros estados é muito grande”, disse.
Segundo o diretor-presidente do BRB, a instituição bancária está empenhada na criação de uma política de crédito relacionada à sustentabilidade e uma parceria com o NDB nesse sentido será uma ótima oportunidade de servir ao DF, como um banco público, regional e alinhado às políticas governamentais. “Vamos trabalhar com a meta de aplicar esses recursos já em 2020”, disse.
Couto Silva apresentou a carteira da instituição, também integrada pelo Brasil, e disse que para o Banco, cujas maiores operações estão concentradas na Índia e na China, é muito importante aumentar a aplicação de recursos no país. “Estamos com grande apetite para operar aqui. E começar por Brasília seria maravilhoso”, afirmou. O NDB está sediado em Shangai, na China.
* Com informações da Secretaria de Meio Ambiente
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