Especialistas alertam para prática de golpistas que querem dinheiro fácil ludibriando mulheres
O tema recentemente ganhou repercussão nacional após o personagem Regis, interpretado por Reynaldo Gianecchini, casar-se por interesse com Maria da Paz, vivida por Juliana Paes. Na trama “A Dona do Pedaço”, o galã, em troca de afeto, tira vantagens financeiras da empresária. Essa situação é um exemplo de estelionato amoroso e o aproveitador pode ser punido judicialmente.
Desde 2015, o termo é usado em processos em que uma das partes tem a intenção de "obter para si ou para outrem, vantagem ilícita em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer meio fraudulento", essa definição é baseada no Artigo 171 do Código Penal. A origem foi a partir de um caso que aconteceu na 7ª Vara Cível de Brasília. Na época, o réu foi condenado a ressarcir os gastos que a vítima teve durante o relacionamento. Segundo a psicóloga Lia Clerot, o alvo, em sua maioria, são mulheres, respeitadas profissionalmente e bem-sucedidas.
“Normalmente quem pratica o estelionato amoroso já se aproxima querendo tirar vantagens. Os golpistas buscam o mesmo perfil e na maioria das vezes conhecem as vítimas pela internet”, explica a Lia. A psicóloga também conta que o estelionatário amoroso atrai as novas parceiras proporcionando “um namoro” perfeito com declarações apaixonadas. São verdadeiros príncipes encantados. Depois que a vítima está envolvida, usam isso para pedir dinheiro.
“Por insegurança e até mesmo medo desse conto de fadas acabar as mulheres acabam cedendo aos pedidos, inclusive financeiros. O que acontece é uma manipulação emocional”, comenta a psicóloga.
De acordo com o especialista em segurança Leonardo Sant’Anna, a prática do estelionato amoroso é, infelizmente, muito comum. “O golpista estuda e conhecem as relações humanas, por isso ludibriam facilmente a vítima. Criam uma forte relação sentimental para conseguir dinheiro fácil”, afirma. Além disso, Leonardo explica que tais estelionatários possuem vasto conhecimento tecnológico.
Para evitar o golpe, Sant’Anna dá as seguintes dicas:
Mesmo no relacionamento, fique de olho em pessoas que não querem aparecer em fotos, nem falar ao telefone;
Normalmente, os golpistas também não apresentam familiares;
Não apague o histórico de mensagens do celular, pois pode servir para buscar contradições e mentiras;
Não empreste dinheiro para desconhecidos.
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