Com um estilo de vida ancestral, os habitantes de Maramures tornaram esta região no norte da Romênia num conto de fadas no mundo real; saiba mais
Em meio à correria da rotina, às vezes é fácil pedir para viver em um conto de fadas - onde tudo é perfeito e as paisagens são de cair o queixo. De fato, pode parecer impossível achar um lugar assim - mas uma pequena região no norte da Romênia prova o contrário.
A antiquíssima Maramures preservou boa parte de uma forma de viver que o resto da Europa já abandonou há muito, muito tempo. A base da economia é a agricultura e as igrejas e casas de madeira, as montanhas que a cercam e o verde infindável de seus pastos e bosques não devem em nada para o mais famoso conto de fadas .
em nada para o mais famoso conto de fadas
Mesmo na Romênia , Maramures é uma localidade esquecida. Espremida num vale entre as montanhas Oas, Gutâi, Tibes e Rodnei (a Sul e Oeste), e entre as Montanhas de Maramures e os Cárpatos Ucranianos (a Norte e Leste), a região se manteve intacta desde a época medieval, enquanto o resto da Europa crescia e se industrializava.
A principal cidade, Khust (que fica na porção ucraniana), é composta majoritariamente por edificações de até 4 andares. A maioria delas tem um aspecto tipicamente medieval, como se tivessem se mantido inalteradas desde 1324, quando o assentamento nasceu como terra Khust
Mas é no interior, especialmente na parte romena de Maramures, que a magia acontece. O horizonte se estende coberto por árvores e montanhas, com poucas interrupções na vista que marcam pequenos vilarejos, que subsistem pela agricultura familiar e manual.
Com cerca de 516 mil habitantes num território de 6 mil quilômetros quadrados, a densidade populacional é baixíssima: são 82 habitantes por km 2 (em comparação, a Região Metropolitana de São Paulo tem uma densidade de aproximadamente 2 mil de habitantes por km2 em um território de 8 mil km 2 ).
Entrando no conto de fadas
As igrejas de madeira são marca registrada da região, e estão entre as maiores (e mais belas) do tipo na Europa.
Por causa disso, Maramures é ideal para aqueles que buscam paz e tranquilidade. E os admiradores da boa arquitetura também ficarão mais do que satisfeitos: as igrejas de madeira são os principais atrativos da região (algumas delas estão entre as mais altas da Europa).
O caldeirão cultural da região se formou ao longo dos séculos, desde as ocupações de povos celtas, dácios e sármacos e germânicos na Antiguidade até as influências mais recentes de hunos, ciganos, húngaros e eslavos.
Outra coisa a ser notada é a influência judaica sobre a cultura de Maramures. Ela foi tão expressiva que em 1861 o Rabino Moshe Shick fundou a maior yeshiva (escola para estudos da Torá), da Europa Oriental da época. Além disso, em 1930, o censo apurou que 38,6% dos habitantes do Condado de Maramures eram de etnia judaica.
Mas com o fim da Idade Média, veio o estancamento desse fenômeno. Nem mesmo as duas Grandes Guerras, os planos comunistas de Nicolae Ceausescu e a guinada capitalista da Europa Oriental depois da Guerra Fria conseguiram mudar isso.
E assim a cultura da região permanece até hoje: praticamente intacta e extremamente rica. As festas tradicionais e o modo de vida dos habitantes de Maramures gritam conto de fadas . E juntando isso às incríveis paisagens, é fácil acreditar estar em um.
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