O Brasil está na 115ª posição no que se refere a participação das mulheres na política num universo de 138 países. No estudo divulgado pelo Banco Mundial, não chegamos nem a 11% no Parlamento. Somos 43% da força de trabalho, mas ganhamos 70% a menos que os homens. Em relação à equidade de gêneros, os brasileiros estão muito atrasados. Por outro lado, avançamos em outras áreas. Não se trata de competição, mas estudamos mais que os homens e a maioria dos lares são mantidos por mulheres. Porém, a princípio, infelizmente, estar bem preparada, não faz muita diferença para o sistema...
É por isso que vejo com otimismo a decisão do TSE em determinar que 30% do fundo partidário seja destinado às candidaturas femininas. O que significa, mais ou menos, o percentual de mulheres, que atualmente, buscam se eleger a cargos políticos. Conquistamos o direito de votar no século passado e não precisamos de mais um século para alcançar, também, a representatividade no Parlamento. Determinar essa quota é um mecanismo necessário para continuarmos avançando e, por ora, é muito bem-vindo. Mas é preciso continuar buscando a equidade, sempre!
Também é interessante o fato de este repasse não ficar restrito ao apoio financeiro. A participação no horário eleitoral e na publicidade acompanhará os 30%, possibilitando às candidatas exporem suas ideias e projetos mais apropriadamente. São passos de uma caminhada muito dura e uma vitória de todas e para todas as mulheres e, consequentemente, para a sociedade. Parabéns à bancada feminina do Congresso Nacional por ter conduzido este avanço que não mais poderia tardar. Como digo, a busca por um mundo melhor, com inovação e transformação, passa por nós mulheres! Vamos torcer e trabalhar para que esta boa notícia se reverta, efetivamente, em uma maior representatividade feminina no Congresso Nacional. E já que falamos tanto de porcentagem, meu comprometimento com essa causa é de 100%.
Por: Raissa Rossiter
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