Moçambique é rico em fauna e flora, terrestre e marítima. A orografia e o clima determinam três tipos de vegetação: floresta densa nas terras altas do Norte e Centro do País, floresta aberta e savana no Sul e, na zona costeira, os mangais. Estes ecossistemas constituem o habitat de espécies selvagens como elefantes, leões, leopardos, chitas, hipopótamos, antílopes, tartarugas, macacos e grande número de aves. A esta riqueza associam-se belas paisagens, quer nas zonas altas, quer nas zonas costeiras.
Para possibilitar aos visitantes uma vivência com esta riqueza, em grande parte afectada pela guerra, estão em recuperação parques, como o parque Nacional de Gorongosa que foi um dos melhores de África, este parque é um tesouro de Moçambique que proporciona benefícios ambientais, educacionais, estéticos, recreativos e económicos a toda a humanidade.
O parque esta localizado na província de Sofala numa área de 3.770km2, no extremo sul do grande vale do Rift da Africa Oriental. A exuberância paisagística e a particularidade da fauna bravia deste Parque tornam-no num perfeito destino turístico quer para quem procura aventura quer para quem procura o lazer. Destacando-se ainda as reserva de Maputo, rica em elefantes, a de Marromeu na foz do Zambeze onde predomina o búfalo, e reservas parciais como a de Gilé e a do Niassa respectivamente a nordeste de Quelimane e nas margens do rio Rovuma. Também no parque da reserva natural de Bazaruto se podem avistar aves exóticas, recifes de corais e espécies marinhas protegidas como dugongos, golfinhos e tartarugas marinhas.
Os povos primitivos de Moçambique foram os Bosquímanes. Entre os anos 200 a 300 DC, ocorreram as grandes migrações de povos Bantu, oriundos da região dos Grandes Lagos a Norte que empurraram os povos locais para regiões mais pobres a Sul.
Nos finais do séc. VI, surgiram nas zonas costeiras os primeiros entrepostos comerciais patrocinados pelos Swahilárabes que procuravam essencialmente a troca de artigos vários pelo ouro, ferro e cobre vindos do interior.
No séc. XV, inicia-se a penetração portuguesa com a chegada de Pêro da Covilhã às costas moçambicanas e o desembarque de Vasco da Gama na Ilha de Moçambique.
Desde 1502 até meados do séc. XVIII, os interesses portugueses em Moçambique estavam sob a administração da Índia Portuguesa.
De início, os portugueses criaram “feitorias” com objectivos meramente comerciais, a que se seguiu a fixação no litoral, onde construíram, em 1505, a fortaleza de Sofala e, em 1507, a fortaleza na Ilha de Moçambique. Só alguns anos mais tarde, na tentativa de dominarem as zonas produtoras de ouro, se aventuraram para o interior onde estabeleceram novas feitorias. Às feitorias, sucederam-se nos finais do séc. XVII os “ prazos” no Vale do Zambeze, uma espécie de feudos doados ou conquistados e que constituíram o primeiro estágio da colonização portuguesa. Com a extinção dos “prazos” em 1832, por decreto régio, e com a emergência dos estados militares, iniciou-se o comércio de escravos que se manteve mesmo após a abolição da escravatura nas Colónias, em 1869. A partilha de África decidida na Conferência de Berlim em 1884/1885 obrigava os portugueses a uma ocupação efectiva de todo o território limitado pelas fronteiras reconhecidas naquela Conferência.
Perante a incapacidade financeira e militar para tornar efectiva aquela ocupação, Portugal cedeu os seus direitos de gerir grande parte de Moçambique a companhias magestáticas que até ao final dos anos 30 do séc. XX passaram a explorar os recursos agrícolas e a mão-de-obra do País. No entanto, a ocupação colonial nunca foi pacífica, tendo-se verificado até ao início do Séc. XX forte resistência por parte de vários chefes tribais como Mawewe, Ngungunhana, Komala e outros.
À semelhança do que aconteceu noutras colónias portuguesas, também Moçambique se levantou contra a ocupação colonial portuguesa, iniciando a 25 de Setembro de 1964 a luta armada conduzida pela FRELIMO Frente de Libertação de Moçambique organização que aglutinou os 3 movimentos criados no exílio então existentes. Durante a luta pela libertação, lideraram o Movimento, primeiro, Eduardo Chivambo Mondlane e, após a sua morte a 3 de Fevereiro de 1969, Samora Moisés Machel que assumiu a Presidência da República a 25 de Junho de 1975.
A costa de Moçambique, voltada ao Índico, pela sua extensão, orografia e clima, é rica em todo o tipo de praias e berço de muitas espécies marinhas, algumas das quais em vias de extinção.
No Norte predominam as praias rochosas, enquanto no centro, junto das embocaduras dos rios, se localizam as praias lodosas confinadas por extensos mangais e no Sul prevalecem as praias arenosas, com dunas altas e cobertas de vegetação rasteira. Paralelamente à Costa, ilhas isoladas ou agrupadas em pequenos arquipélagos, algumas dispondo de boas estruturas turísticas, proporcionam a observação de variada vegetação e fauna ímpar.
Nelas se podem encontrar monumentos históricos que assinalam a passagem de Árabes e Europeus, águas transparentes que convidam à natação e ao mergulho, barreiras de coral de uma beleza extraordinária, com ecossistemas ricos em espécies piscícolas raras, e um mar aberto onde é permitida a caça submarina e a pesca desportiva de algumas variedades cuja captura é o alvo mais desejado pelos amantes destes desportos.
Entre as muitas praias que se estendem ao longo da costa, salientam-se, por mais conhecidas ou dispondo de melhores estruturas de apoio aos visitantes, as de Pemba, Ilha de Moçambique, Fernão Veloso, Chocas, Vilanculos, Tofo, Morrungulo, Inhassoro, Inhambane, Bazaruto, Zongoene, Xai-Xai, Bilene, Marracuene, Inhaca, Ponta de Ouro e Ponta de Malongane.
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Compartilhado por: Arlindo Macave
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